Leonardo Oba

Leonardo Tossiaki Oba, nascido em Londrina em 1949, graduou-se em uma das primeiras turmas do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 1972, fazendo parte da primeira geração de arquitetos genuinamente formados em Curitiba.
Ao longo de sua trajetória, Oba dedicou-se integralmente à prática de concursos públicos de arquitetura, associando-a a uma sólida carreira acadêmica. Além da graduação pela UFPR, integrou o Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), onde cursou doutorado direto com bolsa da Capes, sob orientação do professor Gian Carlo Gasperini (FAUUSP, 1999). É professor titular da PUCPR desde 1976, professor titular aposentado da UFPR (1980–2003), e também atuou como professor titular da Universidade Positivo entre 2003 e 2016.
Entre 1969 e 2007, foi premiado em 18 concursos públicos, sendo 8 em primeiro lugar, o que resultou na construção de 4 obras de destaque: a Sede do BNDES no Rio de Janeiro (1973, inaugurada em 1982), a Praça Monumento ao Migrante em Cascavel (1975, inaugurada em 1977), o Anexo da Assembleia Legislativa do Paraná (1976, inaugurado em 1985), e o Centro de Convenções do Governo do Estado de Pernambuco (1977, inaugurado em 1983). Os três últimos em coautoria com Joel Ramalho Júnior e Guilherme Zamoner, equipe conhecida como “o terrível trio do Paraná”.
Frequentemente citado como um dos arquitetos mais premiados de sua geração, esse reconhecimento é compartilhado com os coautores dos projetos vencedores. Sempre trabalhando em equipe, sua trajetória evidencia os múltiplos agrupamentos profissionais que um arquiteto pode formar ao longo de sua atuação.
O diálogo com outros profissionais, aliado à prática docente, reafirma a potência dos concursos como espaço de experimentação e articulação entre ensino e projeto. Oba iniciou sua prática em concursos quando ainda era estudante, e mais tarde, como professor arquiteto, envolveu sucessivas gerações de alunos em suas equipes — muitos dos quais seguiram praticando concursos, dando continuidade a uma tradição de formação pautada na troca entre mestre e aprendiz.
 
 
Texto por Beatriz Agostini Teixeira - 2025

Leonardo Oba

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