DESLOCAMENTOS MODERNISTAS
A arquitetura institucional de Domingos Bongestabs no contexto da segunda metade do século XX
Tese apresentada ao Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo Associado da Universidade Estadual de Maringá e Universidade Estadual de Londrina (PPU) para a obtenção do título de Doutor em Arquitetura e Urbanismo
Linha de Pesquisa
Referências projetuais: história, modelos e ideias
Orientador
Prof. Dr. Renato Leão Rego
Maringá, março de 2025
RESUMO
Deslocamentos Modernistas: a arquitetura institucional de Domingos Bongestabs no contexto da segunda metade do século XX
A arquitetura curitibana do último quarto do século passado se destacou por aspectos fundamentais do discurso pós-modernista reverberando uma nova sensibilidade urbanística e arquitetônica. A cidade materializou projetos de estreita relação com o entorno físico e com o meio social, promovendo uma imagem citadina voltada à identidade cultural e à diversidade na forma e na aparência decorrente do emprego de materiais, técnicas construtivas e formas ‘alternativas’ à expressão hegemônica da arquitetura modernista brasileira. Esta tese se propõe a entender como esses aspectos foram assimilados no repertório projetual local em um contexto de distanciamento do ideário modernista em seus preceitos mais normativos. Para isso, busco, através da análise de sete projetos institucionais do arquiteto Domingos Henrique Bongestabs entender como se projeta mediante a assimilação de ideias revisionistas do movimento modernista. Entendo que a análise do trabalho e da trajetória deste arquiteto paranaense pode revelar um modo específico de pensar e fazer arquitetura, promovendo a hipótese de que ideias pós-modernistas fundamentaram desde a década de 1960 uma prática projetual original na arquitetura produzida por este arquiteto, explorando questões de conexão com o contexto, com o meio social e de identidade cultural. Como resultado, compreendo que Bongestabs valorizou a complexidade da forma, simulou recriações estilísticas do passado, dissolveu a arquitetura em seu contexto e lidou com a técnica a partir de uma visão social, tradicional e vernacular, inferindo temas que se assentavam no processo de revisão da arquitetura modernista a partir da segunda metade do século XX.
Palavras-chave: Circulação de Ideias; Curitiba; Método de Projeto; Arquitetura pós-modernista;
1965 - Casa Weber Caiobá - José Maria Gandolfi
1967 - Praça 29 de Março - Jaime Lerner
1971 - Praça Afonso Botelho - Domingos Bongestabs
1972 - Hotel Tibagi - Jaime Lerner
1985 - Anexo da Assembléia Legislativa - Joel Ramalho Jr.
1990 - Rua 24 Horas - Abrão Assad
1990 - Jardim Botânico de Curitiba - Abrão Assad
1992 - Universidade Livre do Meio Ambiente - Domingos Bongestabs